Trabalhadores são encontrados em situação análoga à escravidão em Passagem Franca

Seis operários foram resgatados de condições análogas à escravidão no município de Passagem Franca. O caso foi descoberto pelo Ministério Público do Maranhão (MPMA) e remetido ao Ministério Público do Trabalho no Maranhão (MPT-MA), que irá conduzir as investigações na esfera trabalhista.

A madeireira funcionava na escola municipal São Luís, no povoado Café Buriti. O flagrante ocorreu no dia 13 de junho, depois de o MPMA receber denúncias anônimas.

Escola municipal era usada de forma ilegal
Escola municipal era usada de forma ilegal

No mesmo dia do resgate, o proprietário da madeireira foi preso. Luís Evandro Alves Carvalho Ribeiro não possuía nota fiscal e nem licença do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama). O caso foi remetido ao Ministério Público do Trabalho e à Polícia Federal.

De acordo com o promotor de justiça que apurou o caso, os trabalhadores extraiam madeiras de forma ilegal, que eram vendidas por Luís Evandro à cerâmicas da região. No local, foram apreendidos dois caminhões sem condições minimas de operação, duas motosserras e um revólver.

Caminhão que não possuía freio era usado para transportar madeira
Caminhão que não possuía freio era usado para transportar madeira

O local

A área cuja a madeireira foi montada não possuía nenhuma condição de higiene, banheiro, água potável e cama. Além disso, segundo informações do MPMA, os trabalhadores não recebiam alimentação adequada, nem transporte regular.

Condições análogas à escravidão

Os seis operários trabalhavam sem nenhum tipo de equipamento de segurança e dormiam em redes que eram armadas na escola. Foi constatado que eles também não tinham direito às férias e nem ao 13º salário.

Sala de aula era usada como quarto pelos operários
Sala de aula era usada como quarto pelos operários

Com informações da CCOM-MPMA

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