Procurador do Trabalho Rafael Mondego palestrou sobre trabalho escravo contemporâneo para acadêmicos do Curso de Psicologia do Centro Universitário UNDB
Na manhã desta quarta-feira (28), o Coordenador Regional do Combate ao Trabalho Escravo e ao Tráfico de Pessoas do Ministério Público do Trabalho Rafael Mondego Figueiredo palestrou para vinte alunos do Curso de Psicologia do Centro Universitário UNDB. O evento aconteceu na sede da PRT 16ª (São Luís) e a temática abordada foi a realidade e o combate ao Trabalho Escravo Contemporâneo. A atividade faz parte da disciplina de Psicologia do Trabalho, que tem caráter interdisciplinar e visa compreender a importância da Psicologia no contexto do trabalho
O procurador do Trabalho Rafael Mondego explanou o histórico da desenvoltura da escravidão no Brasil e no mundo, as formas de identificação de situações de trabalho escravo, a invisibilidade do trabalho da mulher, as mazelas do trabalho escravo doméstico, a rede de atendimento às vítimas de trabalho escravo e os principais canais de denúncia de trabalho escravo, que podem ser feitas de forma sigilosa pelo site www.mpt.mp.br, pelo aplicativo Pardal (disponível no Google Play e App Store) ou pelo Disque 100.
Além disso, outras questões foram tratadas a respeito do trabalho análogo ao de escravo: o detalhamento das instituições parceiras no combate a essa prática degradante ao trabalhador, como por exemplo, o Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), o Ministério Público do Trabalho (MPT), o Ministério Público Federal (MPF), a Defensoria Pública da União (DPU), a Polícia Federal (PF) e a Polícia Rodoviária Federal (PRF); o procurador explicou ainda o perfil dos resgatados, as principais atividade e o atendimento às vítimas; além dos dados mais recentes de denúncias e de números de trabalhadores resgatados no Brasil.
Para a professora Gracielle dos Santos Santana, que leciona a disciplina Psicologia do Trabalho, “esse momento de compartilhamento de outras áreas dentro da psicologia, foi muito rico. É muito importante para nossa área para compreendermos como as diferentes formas de trabalho insalubre afetam as pessoas”, afirmou ela.
A universitária Valeria de Silva dos Santos também salientou a relevância da palestra realizada no MPT-MA: “foi muito interessante ter uma aula fora da sala de aula, pois conseguimos absorver bem mais a temática, além de podermos suscitar dúvidas sobre o assunto com um especialista no assunto”, frisou ela.
Ao final os alunos e alunas receberam um kit contendo uma edição especial da “Revista Labor do MPT”, que tem como destaque o caso dos trabalhadores encontrados em situação de escravidão na Serra Gaúcha, além de panfletos sobre o trabalho escravo e o tráfico de pessoas, produzidos pelo MPT.