Situação de trabalhadores da Alumar é debatida na Assembleia

O Ministério Público do Trabalho no Maranhão (MPT-MA) participou, nesta quarta-feira (8), da audiência pública promovida pela Comissão de Assuntos Econômicos da Assembleia Legislativa para discutir a iminente demissão de 650 trabalhadores da Alcoa/Alumar.

O procurador do Trabalho Maurel Selares representou o MPT no encontro. Ele será o responsável pela mediação entre a empresa produtora de alumínio e o Sindicato dos Metalúrgicos de São Luís (Sindmetal).

“É estranha essa rapidez da Alumar em querer demitir. Não se pode descartar o trabalhador. Cada situação tem que ser analisada individualmente. A empresa tem que comprovar a necessidade das demissões, além de realizar uma negociação prévia”, explicou Selares.

Os deputados Adriano Sarney (presidente da Comissão), Wellington do Curso, Júnior Verde e Zé Inácio participaram da audiência, juntamente com representantes do Sindmetal, Federação das Indústrias do Maranhão (Fiema) e Secretaria de Estado do Trabalho e Economia Solidária. A Alcoa/Alumar não enviou nenhum representante para o debate.

“A intenção da empresa é causar esse dano [demissões] aos trabalhadores e ao estado. Nós não vamos aceitar isso de forma alguma. Seria uma catástrofe”, desabafou José Maria Araújo, presidente do Sindmetal.

Para o presidente da Comissão de Assuntos Econômicos da assembleia, deputado Adriano Sarney, a crise econômica não é uma justificativa adequada para as demissões. Ele lamentou o fato da empresa não ter comparecido à audiência pública. “A gente fica com muitas perguntas no ar com a ausência da Alumar”, disparou o parlamentar.

De acordo com o vice-presidente da Fiema, Cláudio Azevedo, caso as demissões sejam efetivas, o impacto na economia será profundo. “Vemos com preocupação o fechamento desses postos de trabalho. Além do desemprego, haverá prejuízos na arrecadação do estado”, lembra.

Diante desse cenário, o procurador Maurel Selares pretende atuar para garantir o emprego desses maranhenses. “Caso não seja possível, vamos buscar reduzir o número de demissões e conseguir o máximo de direitos possíveis aos trabalhadores. Nossa mediação será efetiva e não proforma”, finalizou ele.

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